<i>Siemens</i> subornou sindicato
O ex-administrador da Siemens, Johannes Feldmeyer admitiu, dia 24, em tribunal ter subornado a Comunidade Independente de Funcionários da Empresa (AUB), um sindicato paralelo criado para diminuir a influência do Sindicato dos Metalúrgicos (IG Metall).
Os apoios à AUB elevaram-se a meio milhão de euros por trimestre, revelou Feldmeyer, adiantando que este acordo foi firmado oralmente com o chefe da referida organização, Wilhelm Schelsky, que recebia também pessoalmente os apoios financeiros da Siemens.
Ao todo, foram pagos pelo consórcio ao referido sindicato cerca de 30 milhões de euros, entre 2000 e 2006, dinheiro que serviu, nomeadamente, para financiar campanhas para eleição de membros da AUB para a comissão de trabalhadores.
As facturas das despesas feitas pelo AUB eram enviadas para a morada particular de Feldmeyer, para não despertar suspeitas junto dos funcionários do correio interno ou da contabilidade da Siemens.
«Era bom haver uma AUB forte para termos uma força alternativa ao IG Metall e por isso apoiávamos a AUB», esclareceu Feldmeyer na sala de audiências do julgamento em Nuremberga, em que é acusado de corrupção activa e tráfico de influências.
O antigo executivo alegou que se limitou a cumprir ordens superiores e garantiu que os responsáveis máximos da Siemens, nomeadamente o ex-presidente executivo Heinrich von Pierer, estavam a par de toda a situação.
O AUB retribuiu as «luvas» assinando com a Siemens, por exemplo, em nome dos seus filiados, um acordo sobre a flexibilização dos horários de trabalho, que poupou milhões de euros ao gigante alemão do ramo electrónico.
O sindicato paralelo, que operava não apenas na Siemens, mas em todas as empresas do ramo metalúrgico e electrónico, chegou a ter 10 mil filiados, a maioria dos quais eram membros das comissões de trabalhadores das respectivas empresas.
O ex-dirigente deste pseudo-sindicato (AUB), Wilhelm Schelsky, está desde Fevereiro de 2007 em prisão preventiva e terá de responder em breve em tribunal por burla, cumplicidade em abuso de confiança e delitos fiscais.
Schelsky era na altura conselheiro da Infineon, filial da Siemens especializada no fabrico de semi-condutores, recebia um salário anual de dois milhões de euros fixado em 2001 por Feldmeyer, pouco depois do acordo entre a Siemens e a AUB.
Feldmeyer também esteve provisoriamente detido em princípios de 2007, mas foi libertado depois de ter admitido parcialmente a sua culpa.
Os apoios à AUB elevaram-se a meio milhão de euros por trimestre, revelou Feldmeyer, adiantando que este acordo foi firmado oralmente com o chefe da referida organização, Wilhelm Schelsky, que recebia também pessoalmente os apoios financeiros da Siemens.
Ao todo, foram pagos pelo consórcio ao referido sindicato cerca de 30 milhões de euros, entre 2000 e 2006, dinheiro que serviu, nomeadamente, para financiar campanhas para eleição de membros da AUB para a comissão de trabalhadores.
As facturas das despesas feitas pelo AUB eram enviadas para a morada particular de Feldmeyer, para não despertar suspeitas junto dos funcionários do correio interno ou da contabilidade da Siemens.
«Era bom haver uma AUB forte para termos uma força alternativa ao IG Metall e por isso apoiávamos a AUB», esclareceu Feldmeyer na sala de audiências do julgamento em Nuremberga, em que é acusado de corrupção activa e tráfico de influências.
O antigo executivo alegou que se limitou a cumprir ordens superiores e garantiu que os responsáveis máximos da Siemens, nomeadamente o ex-presidente executivo Heinrich von Pierer, estavam a par de toda a situação.
O AUB retribuiu as «luvas» assinando com a Siemens, por exemplo, em nome dos seus filiados, um acordo sobre a flexibilização dos horários de trabalho, que poupou milhões de euros ao gigante alemão do ramo electrónico.
O sindicato paralelo, que operava não apenas na Siemens, mas em todas as empresas do ramo metalúrgico e electrónico, chegou a ter 10 mil filiados, a maioria dos quais eram membros das comissões de trabalhadores das respectivas empresas.
O ex-dirigente deste pseudo-sindicato (AUB), Wilhelm Schelsky, está desde Fevereiro de 2007 em prisão preventiva e terá de responder em breve em tribunal por burla, cumplicidade em abuso de confiança e delitos fiscais.
Schelsky era na altura conselheiro da Infineon, filial da Siemens especializada no fabrico de semi-condutores, recebia um salário anual de dois milhões de euros fixado em 2001 por Feldmeyer, pouco depois do acordo entre a Siemens e a AUB.
Feldmeyer também esteve provisoriamente detido em princípios de 2007, mas foi libertado depois de ter admitido parcialmente a sua culpa.